sábado, 31 de março de 2012

Do not mess with what is quiet...

O coração daquela inocente jovem palpitava incessantemente, com muita voracidade.
O demônio a perseguia durante horas, mas agora ela já não ouvia o arrastar das correntes arrebentadas.
A luz que entrava pelas frestas da janela que ainda não estavam cobertas pela madeira, começava a ofuscar, ficava alaranjada e indicava o crepúsculo do dia.
Após alguns minutos apenas procurando por algum sinal do demônio, a garota decide sair.
A porta estava logo a frente, e com o alívio, surgiu a incerteza da porta estar aberta, e daquilo tudo não passar de uma armadilha.
O celular, que estava no bolso de trás da calça jeans, não mostrava sinal de torre, o que a deixava mais apavorada, além de não saber em que lugar estava, em um confim sem sinal de rede.
Seus outros amigos não deram mais sinal de vida, ela apenas ouvia vozes de alguns espíritos que escaparam pelo portal da tábua de ourija, após a última reunião na casa de seu namorado.
Ela pensou que estava no litoral, por ouvir barulhos de ondas quebrando, mas a praia mais perto de sua cidade ficava há mais de dois dias de vigem de carro, e seria impossível ela estar descordada por tanto tempo, não seria?
O cheiro de naftalina era quase insuportável, e vários insetos percorriam pelas paredes e chão.
Um gato apareceu de repente, e se aproximou lentamente da menina.
Os olhos de felino brilharam, e apenas gritos abafados foram as últimas reações da jovem garota.
O vizinho da garota estava enchendo a piscina com um balde de água, pois a mangueira havia sido emprestada.
Os pais da garota chegaram em casa, e acharam o quarto dela vazio, com o computador ligado e a internet conectada em uma página de lendas urbanas.
Na sala, um tabuleiro de ourija e umas velas estavam sobre a mesa de centro.
De baixo da cama da garota, algumas roupas estavam espalhadas, e pedras de naftalina estavam sobre elas.
Você sabe que existe algo sobrenatural na vida de todas as pessoas, inclusive na sua.
Nunca mexa com o que esta quieto, quem procura acha.
O seu medo de infância sempre tem um fundo de verdade, e o que está de baixo da sua cama pode ser um monstro que foi criado em seus sonhos, e ficou adormecido apenas esperando uma oportunidade de sair do seu subconciente.
Estar no segundo andar, não significa estar seguro.
Lembre-se de que você nunca está sozinho.
Nunca.




Não Mexa Com o Que Está Quieto...
Coisas Sobre Mim Mesma e o Muundo
Thays Adaghinari Fontana



@thaysfontana_



quinta-feira, 29 de março de 2012

Childhood Memories

As crianças tem medo do escuro, pois podem ver o que os adultos não podem.
Monstros passam por nós todos os dias, nos influenciam a fazer coisas más, nos machucam.
Os adultos ignoram, e fazem estas crianças sofrerem. Não tem culpa, não podem ver.
Se muitas vezes não enxergam o que está diante de seus olhos, e se deixam manipular por semelhantes, sorrindo para o mundo, sendo usados e não questionando.
Para minha infeliz felicidade, meu dom não desapareceu. Vejo para quem meus cães latem todos os dias, vejo de quem tinha medo de quando era pequena, e que fui obrigada a aprender a manipular para fazer sumir.
Dormem ao seu lado, lhe causam pesadelos, até puxam delicadamente seu pé, para lhe fazer acordar repentinamente, por pura diversão.
Agora mesmo, enquanto você lê, há seres que lhe protegem, e também que lhe influenciam ao mal. 
Se você se deixar levar, a culpa é apenas sua. Eles não te obrigam a nada. Nunca.
Aquele calafrio, o arrepio que lhe sobe a espinha. A próxima vez que sentir, pense no que pode ter ao seu lado, procure por respostas a noite, no escuro, enquanto estiver vulnerável.
 A luz pode afasta-los, lembre-se disso.
Quando for dormir, pense bem no que está ao seu lado, na cama. Aquela sombra no canto da parede, vai além do que pode realmente ver. 
E saiba sempre: O mal está a espreita, esperando que você durma.



O bem sempre vence, até a hora que você faz com que ele deixe de existir dentro de si mesmo.
Bons sonhos.



Memórias de Infância
Coisas Sobre Mim Mesma e o Mundo
Thays Adaghinari Fontana

sábado, 24 de março de 2012

Stories that return

Era uma bela manhã de sábado.
Uma leve serração estava sobre a pequena Ilha da Primavera.
Era dia 14, e como tradição pós sexta-feira 13, feiras eram montadas no centro da ilha.
Os moradores eram supersticiosos, todos tinhas suas lendas para contar.
Neste mesmo dia, as crianças saíram para a rua, pretendento ter uma divertida tarde de bincadeiras.
Como ali era um local tranquilo, seus pais os deixaram sozinhos e foram para uma lanchonete, aproveitar a ausência dos filhos.
Começaram com o pique-esconde.
Deixaram uma pequena garotinha contando.
Ela ouviu gritos, pouco abafados, mas não ligou, achando que fosse brincadeira de alguém e foi procurar aos seus amigos.
Depois disso, um menino, chamado Julio, foi contar.
Um calor imenso subiu por seu corpo, um tanto sufocante, então ele acabou rápido e foi.
Mike, foi contar, e então, uma segueira temporária o atingiu.
Após alguns minutos, todos voltaram para a rua e descançaram.
Após a volta da brincadeira, crianças ainda viram fleches, ouviram muitas pessoas falando, chorando, questionando.
Voltando para casa, as crianças foram paradas por policiais, que lhes contaram, de modo resumido, que seus pais haviam todos morrido.
Chegaram na frente da lanchonete, e viram investigadores tirando fotos, familiares chorando, o fogo saindo pelas janelas e jonalistas procurando por respostas.




   *****


Histórias Que Retornam
Thays Adaghinari Fontana
Coisas Sobre Mim Mesma e o Mundo

sexta-feira, 16 de março de 2012

Life

Eis que aquela bela águia surge nos céus. 
Seus gritos culminantes ecoam pelos ares.
A majestosa criatura que até então parecia pequena, pousa ao meu lado e fecha suas enormes asas, mostrando o respeito que adquiriu por mim ao passar dos anos.
Curvei-me diante dela, em sinal de reverência.
Os olhos pareciam coloridos com mel, o bico parecia ter sido calmamente envernizado.
''Não sei como lhe dizer isto, cara amiga''
- Disse-me ela.
''Terei que partir, para além do horizonte.''
- Contou-me
''Mas sempre vais, e sempre voltas.''
- Afirmei.
''Não desta vez. Vou-me, e não voltarei mais. Chegou minha hora.''
- Vi uma lágrima sair de seus olhos.
E lá se foi, com seu bater de asas distinto, por cima das montanhas.

Dois anos depois, voltei a aquele mesmo local, como sempre fazia.
O vento mudou de direção, e no frescor do outono, ouvi belos galopares se aproximando
Também ouvi asas se chocando contra o ar, com muita agilidade.
Olhei para o límpido céu. Vejo uma intrigante criatura, com os mesmos olhos de mel de meu amigo águia.
Em um belo Hipogrifo ele havia se transformado.
Um lição que tomei como palavras para toda vida, foram as seguintes:
"Para que haja grandes mudanças, também haverá grandes sacrifícios. Mas tudo valerá a pena no final."




Vida
Thays Adaghinari Fontana
Coisas Sobre Mim Mesma e o Mundo


sexta-feira, 9 de março de 2012

Minha alma em apuros.
Coração em pulos.
Gritos de terror que surgem ao redor do mundo.
O frio do cair da noite toma os corpos pouco vestidos que buscam desesperadamente uma saída.
Os olhos que, incansáveis, procuram aquele bom e ingênuo ser humano.
Ríspidos, os inteligentes escapam.
Abatidos, os tolos aceitam o infortúnio.
Os mortos desfrutam de boa saúde.
Os que respiram, imploram pela vida.
O tempo em sua extrema indefinição.
O comando da liberdade em criaturas que já não ouvem, comem ou dormem.
A morte que perde seu emprego.
O planeta que não gira, mas emite sua própria luz falecida.
O abandono da realidade pela cobiça de orbes que brilham por poder.
O que antes tinha valor, não passa de um alvo de extrema desvalorização.
Um lugar, em que a história do povo tem seu valor no coração de poucos.
Estação de peso, pura valentia.
A Terra que tem vários objetos e poucos que realmente VIVEM.


Thays Adaghinari Fontana, 09/03/2012
 

terça-feira, 6 de março de 2012

The Woman in Black

Filme que eu to muito a fim de ver.
Só por ler a reação das pessoas que assitiram, fico contente.
Sinopse:
"Em 'A Mulher de Preto', o jovem advogado londrino Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é forçado a deixar seu filho de três anos e viajar para a pequena vila de Crythin Gifford para tratar dos assuntos do recentemente falecido dono da Casa Eel Marsh. Mas quando ele chega à arrepiante mansão, descobre segredos obscuros no passado da cidade. Sua sensação de mal-estar aumenta quando ele vislumbra uma misteriosa mulher toda vestida de preto."
Adoro o trabalho do Daniel Radcliffe, não só por Harry Potter, mas também por December Boys.
Gosto de terror, embora não seja meu gênero favorito, mas os últimos filmes de "terror" que fui ver no cinema, me decepcionaram.
Semana que vem - espero - tenho uma apresentação com o grupo de teatro, pra convocação para admitir novos membros (: E também tenho uma biografia para escrever, sobre a minha personagem que sofre bullying, para a nova peça que vamos montar...
É isso.

A Mulher de Preto
Coisas Sobre Mim Mesma e o Mundo
Thays Adaghinari Fontana
 
Fonte: 06/03/2012 14:29